Durante a vida, é natural as pessoas passarem por momentos de stress em maior ou menor grau, proveniente de suas atividades profissionais e outros fatores. O estresse pode e deve ser controlado, afim de que esteja em um limiar positivo. Ao serem identificados, os desencadeadores de estresse podem ser administrados, facilitando o processo de fortalecimento emocional, tornando o indivíduo capaz de lidar com adversidades e enfrentar desafios.
Fisiologicamente, o stress moderado aumenta a distribuição do oxigênio, produz glicose, libera dopamina, podendo propiciar uma melhoria da capacidade de memorização, da criatividade e consequentemente oportunizar o prazer. O stress possui 3 fases: alerta, resistência e exaustão. As duas primeiras fases são controláveis e positivas, mas quando alcançam níveis elevados e duradouros, pode levar o indivíduo a exaustão e a chamada Sindrome de Burnout. Pode ocorrer principalmente, em indivíduos cuja profissão exige contínuo relacionamento com pessoas e elevada pressão por resultados.
Segundo Dr. Drauzio Varela, “o sintoma típico da Síndrome de Burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima. Além disto, podem ser observados sintomas físicos, como dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia e outras manifestações.” O diagnóstico e tratamento exigem acompanhamento médico e psicológico e pode-se levar um tempo para o reequilíbrio.
Este tema vem sendo discutido e observado nas empresas, que se preocupam com os profissionais e com sua qualidade de vida. Mas é de suma importância, que o profissional como autor de sua própria vida, esteja atento aos sinais de esgotamento e não se deixe levar pela avalanche de responsabilidades no trabalho, que podem alterar sua saúde.
Para se prevenir da Síndrome de Burnout, procure: (i) identificar agentes estressores, (ii) modificar hábitos de vida que levem ao stress, (iii) desenvolver a inteligência emocional; (iv) praticar atividade física e fazer check-up regularmente, (v) ter momentos de descontração e lazer e (vi) fortalecer a espiritualidade, entre outros.
Outra reflexão fundamental a ser mencionado neste pequeno ensaio é a idéia de que o trabalho é uma parte de nossa vida e não a nossa vida, cabendo a cada pessoa cuidar de si mesma, ter um auto-conhecimento desenvolvido, e principalmente ter propósitos de vida que a impulsionem a ser um indivíduo melhor e mais completo.
Se por acaso, esta síndrome se aproximar de você conte com a ajuda dos outros, mas se concentre principalmente em sua energia interior, exercite sua resiliência e acredite na sua capacidade de sair de uma fase difícil. Inspire-se em seus momentos de sucesso e nunca se esqueça que a vida tem um propósito, e que você deve encontrar o seu!
*Elaine Zanetti é diretora e Coach na Zanetti Coaching, Pós-Graduada em Planejamento e Gestão de Negócios pela FAE-PR, Graduada em Psicologia pela PUC-PR e Certificada em Coaching pelo ICI.